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pixelrave loves revolutions!


we met two South American collectives that made weapons out of their bodies and parties. Guerrilla tactiques of squatting, informal organization and nightly life stealth actions. Their language, aesthetics, stories, everything in their artistic works is revolving around their communities, they are the rising majority that is knocking down bigotry establishments on the dancefloor. 








House of Tupamaras is an interdisciplinary collective dedicated to the practice, circulation, and management of Ballroom and Voguing culture in Colombia. They create safe spaces for the free development of the body and gender. Taking elements of dance, performance and visual arts, they develop scenic pieces that question the differences or similarities between contemporary art and spectacle, they transit through conventional scenarios and unusual spaces in the circulation of live arts.

In House of Tupamaras they explore what is generally catalogued as "Mariconeo y Pluma", stigmatized and excluded gestures and movements in public places, that is why they are interested in nightlife and the party as a place of construction of knowledge and meeting between different groups. They generate nighttime encounters between the LGBTIQ+ community and the local context. They build safe and inclusive dance floors based on mutual respect.

They offer professional training spaces and practices open to the public, based on technical elements offered by Voguing, and histrionic elements of merengue (popular dances in the 80's and 90's in different contexts).

(description translated in english from House of Tupamaras official website)





All the images published above here are courtesy of House of Tupamaras. Please follow them in their channels!
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Mamba Negra is one of the long-time inspiration for pixelrave, we had the privilege to attend few of their events and it is always a journey in a parallel dimension, a safe zone that create precious resilient and revolutionary spaces in Brasil, confronting its populistic right-wing government and its violent normative necropolitics.

Mamba Negra only can speak of themself.

Poisonous serpent with libidinous nocturnal habits. Fast and fatal pounce. Eletronic temple of experimentation.
audacious gang of performative snakes from São Paulo's underground.

Active in São Paulo's underground scene since may 2013, was born offering a obscure and hard type of atmosphere, and by the confrontation between eletronic and acoustic, minimal organic and percussive, techno with african and Brazilian rhythms. Consolidated as a live production space, with dj sets, live jams, psychedelia, maracatu and post-tropicalisms with eletronic beats.

Mamba Negra is a deep aestethic experience surrounded by an multi-language enviroment, wrapped on a mesh of hand-made work, such as cenography elements, graphic material, live vjiyng, ready made serygraphic t-shirts, trash tattoo, performatic outfit and urban intervention.

(english description from Mamba Negra’s Soundcloud)








We had lucky chance to chat a bit with Cashu, one of the initiators of Mamba Negra. Mamba’s story, experience, strategies are really inspiring for us, they went quickly in online formats finding creative way to stay connected with their communities. And their 7 Annux Online Festival has been a blast!


  • pixelrave

    Por que é tão importante para si ocupar espaços?
  • Cashu

    Acessar os espaços (de fala) pode ser uma realização pessoal decorrente de privilégios estruturais, ocupá-los e ressignificá-los é uma conquista coletiva. Não existe empoderamento individual, nem linguagem de uma pessoa só.
  • Cashu

    Dois extremos coexistem na música eletrônica brazyleira: o do entretenimento de massas que abocanha desde o gospel e sertanejo ao funk, hip hop, R&B, EDM e tudo mais que rolar no grande gênero da música POP; e o da arte independente.
  • Cashu

    Esse amplo setor é protagonizado por mulheres, pretes e LGBTQIA+ de todas as regiões do Brazyl, articulades nos centros e periferias. A comunidade de música eletrônica independente é marginalizada, acessa y alimenta indiretamente o circuito de entretenimento na política da loteria. Ela é um nicho, que é visto com maus olhos pela população comum devido o som repetitivo, mas principalmente por ser frequentado por LGBTQIA+ e pretes, de ser associada ao uso de drogas.
  • Cashu

    Esses corpes sem juízo encontram-se nas festas pela construção de um ambiente de liberdade, respeito e reconhecimento das narrativas individuais num contexto de bando.
  • Cashu

    Estes corpes são as festas, as festas são Totem de manifestação da vida numa realidade cercada por Tabus. Todo encontro é risco, é a medida do improvável numa enorme e desigual cidade latinoamericana. Esses corpes tornam-se (r)existência como demarcação urbana dessa comunidade.
  • Cashu

    O desenvolvimento predatório da cidade de São Paulo, ao longo de sua história, com um urbanismo rodoviarista, as demandas do mercado imobiliário por novos centros de exploração e moradia criaram enormes cicatrizes. A segunda maior cidade da américa latina convive com espaços ociosos entre viadutos e praças, áreas industriais abandonadas, centenas de milhares de edifícios parados por dívidas públicas e heranças de velhas oligarquias. Durante muitos anos assistimos esses espaços permanecerem fechados ou, quando ativados pelos movimentos de moradia, culturais e por trabalhadores, violentamente expulsos.
  • Cashu

    Somos uma coletividade liderada por mulheres e LGBTQIA+ que alinha sua atuação aos movimentos de luta pela retomada dos espaços físicos e subjetivos de liberdade.
  • pixelrave

    Como se protege e à sua comunidade num contexto em que a política está a promover tanta violência? As suas actuações são também uma autodefesa?
  • Cashu

    Respeito, afeto, trabalho, reconhecimento e dinheiro.
  • Cashu

    Todos esses fatores passam por posturas individuais e coletivas.
  • Cashu

    Ações como a entrada gratuita para pessoas trans e drags, água gratuita, composição da equipe de produção e de artístico são elementos essenciais para o estabelecimento de um território seguro para mulheres, pretes e LGBTQIA+ numa sociedade de morte e violência.
  • Cashu

    A MAMBA é uma festa em constante transformação.
  • Cashu

    Atingirmos uma equipe 95% composta por mulheres e LGBTQIA+ é uma construção de 7 anos que se expande para muito além da MAMBA. Desde 2013, muitas outras festas e coletividades surgiram: Batekoo, coletividade.Namibia, Bandida, Marsha!, Vampire Haus, Blum, Sangra Muta, Metanol, Caldo, Dusk, Houve of Divas, Dando*, Vorlat, Chernobyl, Masterplano e muitas mais.
  • Cashu

    Isso representa um pouco do que significa esse movimento independente, também no sentido de profissionalização de uma geração que está articulando um circuito alternativo ao mainstream.
  • Cashu

    Isso é motivo de celebração.
  • Cashu

    Nós celebramos juntes e queremos o reconhecimento em vida.
  • pixelrave

    Porquê conceber o seu acto performativo como experiências imersivas, criando uma espécie de mundos paralelos que estão na realidade?
  • Cashu

    A MAMBA é uma espécie de respiro para a cidade e para as pessoas que não se enquadram na estrutura normativa da sociedade.
  • Cashu

    O encontro é o fator improvável, como dissemos.
  • Cashu

    Ao mesmo tempo, é nossa melhor chance de existir como corpes.
  • Cashu

    Isso se aplica à nossa linguagem.
  • Cashu

    Música, performance, design gráfico, poesia, vídeo, espaço, luz, instalação, ocupação dos espaços, elétrica, financeiro, redes sociais, segurança, todos esses elementos estão presentes em todas as nossas frentes de trabalho: festas, no selo MAMBAREC, na Rádio Vírusss, nos projetos de intervenção.
  • Cashu

    É uma experiência envolvente, porque envolve muitos corpes.
  • Cashu

    Queremos criar experiências que sejam gatilho do pensamento livre, da livre atuação y fruição dos corpes sem juízo na realidade Brazyleira y Latino Americana.
  • pixelrave

    Durante este tempo de bloqueio que práticas desenvolveu para se manter envolvido com as suas comunidades?
  • Cashu

    Em maio, mantivemos a celebração do aniversário da MAMBA com o Festival Online de 7 Annnux. Foram 4 dias de transmissão ao vivo e pré-gravada com 61 atrações musicais e performativas, oficinas e debates.
  • Cashu

    Esse, sem dúvida, foi nosso maior esforço coletivo, e já foi uma loucura.
  • Cashu

    Como coletividade, participamos de alguns debates e festas online nacionais e internacionais.
  • Cashu

    A Rádio Vírusss realizou a série de programas da Invasão Nordestina.
  • Cashu

    Com a MAMBAREC, tivemos os lançamentos de "Tragicomic Remixes" (Valesuchi e V. A., álbum), o álbum "Pedra Preta Remixes" do TETO PRETO com dois videoclipes, o EP "Dois Leões" de Tantão e os Fita também com videoclipe e agora em dezembro, o Volume 1 da Coletânea Kengaral Eletrohits. Apesar dos lançamentos serem digitais, o selo produz merchandising para a nossa lojinha da festa.
  • Cashu

    Paralelamente à isso, nosso time de produção ficou o ano todo redigindo projetos para editais públicos e procurando parcerias com capital privado para levantar recursos para continuar as atividades da coletividade. Através das parcerias e do autofinanciamento do festival, por exemplo, conseguimos organizar cachês para os artistes da festa e, posteriormente, um auxílio financeiro mensal para quase 25 artistes e profissionais da coletividade.
  • Cashu

    Não é nem perto do que gostaríamos de fazer para, de fato, amparar a nossa rede da cena independente. Porém, a pandemia é um momento de arrumarmos a casa, nos dedicarmos à organização estratégica de todos os setores da MAMBA e construímos a fundação desse novo momento da coletividade.
  • Cashu

    Com muito trabalho de criação, redação de projetos coletivos e estudo, estamos conseguindo levantar recursos para atuar com força total em 2021 em novos formatos, mas com a mesma essência incansável das cobras.
  • Cashu

    Boas coisas estão por vir! Vamos começar o ano com a abertura de um pequeno espaço cultural no centro de São Paulo. O COVIL vai abrigar o co-worqueen das MAMBAs, onde ocorrerão as Rádio Vírusss, Oficinas, Debates, Cine Clubes e pequeniníssimos eventos.
  • Cashu

    Um espaço de trabalho, um espaço de encontro e experimentação para escutar música, performar, criar, bebericar, petiscar e conversar. É uma garagem cercada por um jardim tropical inacreditável bem no centro de São Paulo.
  • Cashu

    A MAMBA entende que é responsabilidade das festas independentes não compactuar com a política negacionista de Jair Bolsonaro e do capital especulativo assassino. Até hoje, trabalhamos com aglomerações como artistes e como coletividades. Estamos construindo um novo espaço de articulação segura para, quando pudermos voltar às tão aguardadas festonas, podermos chegar com força total nas fábricas desativadas e ruas.
  • pixelrave

    Criamos uma área de "perguntas frequentemente respondidas" no nosso website. Qual é a pergunta mais irritante que as pessoas lhe fazem e que viveria para evitar responder? Podemos colocá-la lá e eles simplesmente lêem-na.
  • Cashu

    Como surgiu a MAMBA NEGRA?
  • Cashu

    O governo Bolsonaro está sendo muito ruim para a cultura e para a comunidade de mulheres e LGBTQ?
  • Cashu

    Como é para vocês, enquanto mulheres, atuar numa cena tão dominada por homens? Vocês já sofreram abusos e situações desagradáveis? Como foi?
  • Cashu

    Como é ser músico latino americano?
  • Cashu

    O que você acha que poderia mudar?
  • pixelrave

    Why is it so important for you to occupy spaces?
  • Cashu

    Accessing spaces (of speech) can be a personal achievement arising from structural privileges, occupying and re-signifying them is a collective achievement. There is no such thing as individual empowerment, nor one-person language.
  • Cashu

    Two extremes coexist in Brazilian electronic music: mass entertainment, which includes everything from gospel and country music to funk, hip hop, R&B, EDM, and everything else that rolls in the big POP music genre; and independent art.
  • Cashu

    This broad sector is led by women, blacks, and LGBTQIA+ people from all regions of Brazyl, articulated in the centers and peripheries. The independent electronic music community is marginalized, accesses and indirectly feeds the entertainment circuit in the politics of the lottery. It is a niche, which is frowned upon by the common population because of its repetitive sound, but mainly because it is frequented by LGBTQIA+ and blacks, and is associated with drug use.
  • Cashu

    These judgement free bodiesare found at parties by the construction of an environment of freedom, respect and recognition of individual narratives in a group context.
  • Cashu

    These bodies are the parties, the parties are Totem of manifestation of life in a reality surrounded by Taboos. Every encounter is risk, it is the measure of the improbable in a huge and unequal Latin American city. These bodies become (r)existence as an urban demarcation of this community.
  • Cashu

    The predatory development of the city of São Paulo throughout its history, with a highway urbanism, the demands of the real estate market for new centers of exploitation and housing have created enormous scars. The second largest city in latin america coexists with idle spaces between viaducts and squares, abandoned industrial areas, hundreds of thousands of buildings stopped due to public debts and the inheritance of old oligarchies. For many years we have watched these spaces remain closed or, when activated by housing, cultural and workers' movements, violently evicted.
  • Cashu

    We are a collective led by women and LGBTQIA+ that aligns its action with the movements fighting for the retaking of physical and subjective spaces of freedom.
  • pixelrave

    How do you protect yourself and your community in a context where politics is promoting so much violence? Are your performances also a self-defense?
  • Cashu

    Respect, affection, work, recognition and money.
  • Cashu

    All of these factors come through individual and collective stances.
  • Cashu

    Actions like free admission for trans people and drags, free water, composition of the production and artistic team are essential elements in establishing a safe territory for women, blacks and LGBTQIA+ in a society of death and violence.
  • Cashu

    MAMBA is a party in constant transformation.
  • Cashu

    Reaching a team 95% composed of women and LGBTQIA+ is a 7-year construction that expands far beyond MAMBA. Since 2013, many other parties and collectivities have emerged: Batekoo, collective.Namibia, Bandida, Marsha!, Vampire Haus, Blum, Sangra Muta, Metanol, Caldo, Dusk, Houve of Divas, Dando*, Vorlat, Chernobyl, Masterplano and many more.
  • Cashu

    This represents some of what this independent movement means, also in the sense of professionalization of a generation that is articulating an alternative circuit to the mainstream.
  • Cashu

    This is cause for celebration.
  • Cashu

    We celebrate together and want the recognition in life.
  • pixelrave

    Why do you conceive your performative act as immersive experiences, creating a kind of parallel worlds that are in reality?
  • Cashu

    MAMBA is a kind of breather for the city and for people who don't fit into the normative structure of society.
  • Cashu

    The encounter is the unlikely factor, as we said.
  • Cashu

    At the same time, it is our best chance to exist as bodies.
  • Cashu

    This applies to our language.
  • Cashu

    Music, performance, graphic design, poetry, video, space, light, installation, occupation of spaces, electricity, finance, social networks, security, all these elements are present in all our work fronts: parties, the MAMBAREC label, Radio Víruss and intervention projects.
  • Cashu

    It is an immersive experience, because it involves many bodies.
  • Cashu

    We want to create experiences that are triggers for free thinking, free acting, and enjoyment of the bodies without any judgment in the Brazilian and Latin American reality.
  • pixelrave

    During this downtime what practices have you developed to stay involved with your communities?
  • Cashu

    In May, we kept the MAMBA anniversary celebration going with the 7 Annnux Online Festival. It was 4 days of live and pre-recorded streaming with 61 musical and performance attractions, workshops and debates.
  • Cashu

    This, without a doubt, was our biggest collective effort, and it was already crazy.
  • Cashu

    As a collective, we participated in some national and international online debates and parties.
  • Cashu

    Radio Vírusss carried out the series of programs Invasão Nordestina.
  • Cashu

    With MAMBAREC we had the releases of "Tragicomic Remixes" (Valesuchi and V. A., album), the album "Pedra Preta Remixes" by TETO PRETO with two music videos, the EP "Dois Leões" by Tantão and the Fitas also with a music video and now in December, Volume 1 of the Kengaral Eletrohits Collection. Although the releases are digital, the label produces merchandising for our party store.
  • Cashu

    Parallel to this, our production team spent the whole year writing projects for public funding calls and looking for partnerships with private capital to raise funds to continue the activities of the collective. Through partnerships and the festival's self-financing, for example, we were able to organize caches for the artists of the festival and, later, a monthly financial aid for almost 25 artists and professionals of the collective.
  • Cashu

    It's not even close to what we would like to do to really support our independent scene network. However, the pandemic is a moment to put our house in order, to dedicate ourselves to the strategic organization of all sectors of MAMBA, and to build the foundation of this new moment of the collective.
  • Cashu

    With a lot of creative work, writing of collective projects, and study, we are managing to raise funds to act with full force in 2021 in new formats, but with the same tireless essence of the snakes.
  • Cashu

    Good things are coming! We will start the year with the opening of a small cultural space in downtown São Paulo. COVIL will house the co-worqueen of the MAMBAs, where Radio Vírusss, Workshops, Debates, Film Clubs, and tiny events will take place.
  • Cashu

    A working space, a meeting and experimentation space to listen to music, perform, create, sip, snack, and chat. It is a garage surrounded by an unbelievable tropical garden right in the center of São Paulo.
  • Cashu

    MAMBA understands that it is the responsibility of independent parties not to collude with the negationist politics of Jair Bolsonaro and murderous speculative capital. Until today, we work with agglomerations as artists and as collectivities. We are building a new space of safe articulation so that when we can return to the long awaited parties, we can arrive with full force in the deactivated factories and streets.
  • pixelrave

    We created a "frequently answered questions" area on our website. What is the most annoying question people ask you that you would live to avoid answering? We can put it there and they just read it.
  • Cashu

    How did the BLACK MAMBA come about?
  • Cashu

    How bad is the Bolsonaro government being for the culture and for the women and LGBTQ community?
  • Cashu

    What is it like for you as women to perform in such a male-dominated scene? Have you ever suffered abuse and unpleasant situations? What was it like?
  • Cashu

    What is it like to be a latin american musician?
  • Cashu

    What do you think you could change?



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